foto de João B. Baptista
Sempre te canto co'amor,
Meu mar para o Sul virado,
Desde a hora do alvor
Até o Sol declinado.
No v´rão és encantamento
Brilhando azul, ondulante.
Velas deslizam co'o vento,
Meu coração radiante.
Mas se te vejo ao luar
Como na noite passada,
Não desvio o meu olhar
Da tua água prateada.
Tens algo de inesquecível
Que extasia e atrai.
A Lua cheia movível
A alindar-te sempre vai.
E a cidade iluminada
Maravilha quem a admira.
A baía arredondada
Sob a forma de uma lira.
Desejo fixar a imagem
Do momento de magia.
Poder lembrar a paisagem
Noutra hora, noutro dia...
Maria da Fonseca