sábado, 23 de fevereiro de 2013

Crianças a Sofrer

 
 
 
 



Sempre o coração doendo,
Porque dói meu coração?
Crianças vivem sofrendo,
Como mereço perdão?
 
Algo fiz para ajudar
No mundo que não é meu?
Deus só mo quis emprestar
Com a vida que me deu.
 
Marcou assim a minha alma
Com a sua Caridade.
Por isso ela não se acalma
Perante a realidade...
 
Quantas vivem na pobreza
Ou padecem de maus tratos?
Quanta criança indefesa,
Vítima de desacatos?
 
Doentes ou sequestradas
Todos nós nos comovemos,
Em lugar de bem amadas
Que futuro of'recemos?
 
Em lutas são envolvidas
Pelas zangas dos adultos,
Pobres crianças perdidas
Dos pais em graves tumultos.
 
Contrita, eu peço ao Senhor
Perdão pelo que não fiz,
Delas afastar a dor,
Não foi porque não o quis...
 
Maria da Fonseca


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Bento XVI - Peregrino de Fátima

 
 
 
 


Eu Te agradeço, Senhora,
Por connosco sempre estares
Neste País que Te adora
E és louvada por milhares!

 
Santo Padre recordou
Em Fátima, junto a Ti,
Segredo que interpretou,
E nos confiou ali.
 
 
Do Papa que o precedeu
Falou, e do seu presente,
Da bala que o não venceu,
Disparo de mão demente.

 
Ficou ali co’a Senhora
Em coroa consagrada.
E a Igreja sofredora,
Na locução confirmada!


Papa Bento ajoelhou
Perto de Ti, Nossa Mãe,
Humilde, devoto, orou,
Homem de Fé e de Bem.

 
Rosas de ouro ofertou,
Trazidas do Vaticano,
No Teu regaço as pousou,
São rosas de todo o ano.

 
Parte assim nosso Pastor,
Feliz da Cova da Iria,
Sentiu nosso grande amor,
Terra de Santa Maria!
 
 
Em Fátima, 13 de Maio de 2010
 
Maria da Fonseca

sábado, 16 de fevereiro de 2013

A Flor de Inverno

 
 
 
foto cedida por Maria João Costa


Bela, a magnólia florida
Num lindo dia de inverno!
Ao lado da arve despida
Tu brotas num amor terno.

 
Neste tempo já tens flores
De rebentos cor de rosa
Com matizes e ardores
De face de nena airosa.

 
Deslumbras quem por ti passa
Com teu aroma e beleza,
O Sol te beija e abraça
Pra aumentar tua lindeza.
 
 
A dormir 'stão outras plantas
Sonhando co'a primavera,
Por aqui só tu encantas
Neste intervalo de espera.

 
E quando essas florirem
Já tuas flores caíram,
Terás folhas a sorrirem,
Verdes nuances abriram.

 
Serás sempre admirada
Enquanto o Senhor quiser,
Linda magnólia florada
No inverno que vier!
 
Maria da Fonseca


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Da Minha Janela

foto de Maria João Costa 
 
 
Mas que lindo pôr do Sol
Deste sábado em bonança,
Deu-nos tréguas o mau tempo,
Céu rosado de esperança!
 
Os candeeiros já acesos,
A tarde a cair serena,
O rosa agora se esvai
Em segundos, mas que pena!
 
Arves de ramos despidos
Projetadas contra o céu.
Além, as que têm folhas
Impõem-se em coruchéu.
 
A noite desce rápida
Com seus recortes de inverno,
As sombras muito marcadas,
Bençãos de Deus Eterno.
 
E porque me falta a luz,
Escrever perdeu a graça.
Levanto-me devagar
E passo a mão na vidraça.
 
Sinto quanto arrefeceu,
E observo mais uma vez
Os faróis com suas luzes
Realçando a nitidez.
 
Amanhã s'rá outro dia,
Nosso Sol irá luzir
Ou virão nuvens cinzentas,
Dispostas pra o encobrir?
 
Maria da Fonseca


sábado, 2 de fevereiro de 2013

Temporal

 
 
 
 
 

 
As árvores do jardim
Neste dia tormentoso
Desesperadas se agitam.
Mas que sábado penoso!
 
De noite bramiu o vento
No auge da tempestade.
Batiam portas, janelas,
E a chuva sem piedade.
 
Com tamanho temporal
Rios saíram do seu leito,
Cedeu a corrente elétrica,
Caíram arves a eito.
 
E no mar as ondas altas,
Prontas pra tudo varrer,
Podem causar tragédia
A quem as ouse vencer.
 
Os vôos estão suspensos,
Tal é a fúria do vento.
Turistas que nos visitam
Assistem pois ao tormento.
 
Não há sábado sem Sol
Que vai tentando romper,
Porém o céu tão pesado
Logo o procura esconder.
 
E depois da tempestade
Virá então a bonança.
Senhor, que não faça vítimas
É toda a minha esperança!
 
Maria da Fonseca


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Homenagem a Denise Severgnini

 
 


 

Parte de minha alma se despediu
Evolando-se, ao ascender ao céu
Em união co'a tua alma que partiu
Tão cedo deste mundo onde viveu.

 
O que resta e um dia partirá,
Buscará suas lágrimas vertidas,
Seca e desgastada então estará
Do passar do tempo e dores sofridas.

 
Terna, tua alma doou amizade.
Zelosa, junto ao Senhor se acalma,
E a minha amparará com piedade.

 
No mundo deixaste a maior saudade.
Senhor Deus, dai a paz a nossas almas,
Para O louvar por toda a Eternidade.
 
Maria da Fonseca